Brincando com uma lata de sardinha
Cheguei aqui em Boa Vista no ano de 1953; as primeiras escolas em que eu estudei foram no colégio das madres, e Lobo D’Almada, acho que eu tinha uns 10 anos.
Meu pai era agricultor, um homem bom que apesar de nossas dificuldades, que não eram poucas, era um homem de bem e feliz, até hoje não sabemos de que ele faleceu! Saiu de casa para pescar como fazia sempre e sumiu. Muitos dizem que ele se afogou outros dizem que ele faleceu de infarto, mas ninguém sabe o certo. Quando minha mãe ficou sabendo entrou em desespero como ela iria cuidar de seus 9 filhos contando comigo e ainda se matar de trabalhar, foi uma aflição só!
Depois daí, larguei meus estudos e comecei a cuidar dos meus irmãos já que eu era a irmã mais velha esse era o meu dever! Mais com isso tive que me desfazer do meu sonho de ser professora. Minha matéria preferida era Matemática e a que mais tinha dificuldade era Português.
Naquela época, uma das coisas que eu mais gostava era criar galinhas e brincar com a lata de sardinha… Eu pegava a lata fazia um buraquinho, colocava uma linha e puxava como se fosse um carrinho. Ah, isso era uma diversão! Eu passava a noite inteira brincando, mas quando dava exatamente 22h30min minha mãe gritava: ZULEIDE!!! Eu já pensava meu Deus, minha mãe! Eu saia correndo num desespero muito grande para ver o que ela queria.
Uma das coisas que eu mais sinto falta da minha época é minha LIBERDADE. Antes eu podia sair; ficava até tarde da noite na rua. Comparando com hoje em dia, não dá nem para ir à esquina! Minha infância era tão boa, mesmo com muitas dificuldades eu era feliz. Hoje com 68 anos eu sou uma pessoa feliz e alegre.
(Texto baseado na entrevista feita com senhora Zuleide do Viva Melhor Idade)
Sabrina 6 ano C
Achei o texto maravilhoso, achei também interessante o fato de que naquela época podia ficar tarde da noite e hoje em dia raramente podemos ficar de manhã cedo na rua
Texto da aluna Suzani Mesquita Baia. 8º ano.
Brincando com uma lata de sardinha
É bom saber como era a vida antigamente e triste lembrar que só podemos descobrir por historias. Mesmo com 14 anos, ainda sinto falta de correr com 7 anos pelas ruas da minha casa, sem ter que me preocupar com os perigos que podem acontecer.
Eu nem imaginava que a Escola Lobo D’Almada era antiga assim, já que é uma escola bem próxima do meu dia a dia e nunca parei pra pensar.
Eu senti bastante os sentimentos transmitidos pelo texto. Me fez pensar e enfatizar que é importante valorizar nossa vida, mesmo com obstáculos, pois ela passa muito rápido. Valorizar o que temos e as nossas oportunidades também é um fato importante, pois o que eu tenho de normal, pode ser de luxo pra alguém, como poder estudar.
Gostei muito da escrita e da historia emocionante e me deu muita vontade de saber um pouco mais.
KALINE BEATRIZ S . SAHDO – 9 A CMEPM RR
Minha cara aluna Kaline,
Como você é sensacional !! Os comentários excelentes, continue assim com toda essa dedicação! Parabéns!
Que lindo comentário! Você poderá conhecer muito mais por meio dos outros textos de memórias literárias que têm publicado no neste blog.
Um forte abraço!
com carinho,
Profª Eliane Melo
Texto da aluna Suzani MesquitaBaia . 8º ano
É triste saber que não podemos brincar nas ruas como nossos pais faziam . Antes as crianças brincavam na rua agora estas brincadeiras foram substituídas por jogos nos aparelhos eletrônicos e pela televisão
Laura Maurmann – 6 A CMEPM RR
Olá, Laura
Realmente as coisas mudaram. Bom comentário.
Brincando com uma lata de sardinha
Sobre um texto, ele nos faz refletir sobre a realidade de hoje, nós não podemos mais sair de casa para brincar á noite por que corremos perigo de vida, nós não brincamos como era antigamente, amarelinha e pega-pega, hoje em dia o foco esta mais nos celulares e jogos . Nos faz refletir que temos que valorizar nossa vida e as pessoas que participam dela, por que tudo passa muito rápido e no fim só restam lembranças.
biografia
Leticia BRAGA da silva, 8 ano B
texto lido: Brincando uma lata de sardinha
Gênero: relato pessoal
Grazielly Reis 9°B
O texto fala de uma moça que mudou-se para boa vista a muito tempo, e que de forma misteriosa perdeu o pai quando ele saiu para pescar. Ela então parou os estudos para ajudar a mãe a cuidar dos irmãos.
Achei o texto bem triste no começo, pela forma que a moça perdeu o pai. E tbm achei muito emocionante essa história de vida.
Texto da aluna Suzani Mesquita Baia. 8º ano.
Brincando com uma lata de sardinha
Eu achei um texto muito interessante, apesar de saber que a senhora Zuleide teve que deixar o seu sonho de lado para cuidar dos irmãos por causa de uma tragédia como a morte do pai, esse texto também mostra como era antigamente quando os nossos familiares podiam brincar na rua sem se preocupar, acho legal o fato dela ter 8 irmãos, eu não tenho nenhum quem dirá 8, mais acho que isso era normal antigamente, hoje em dia a minha avó tem 60 anos e ela tem 13 irmãos, infelizmente 7 deles já faleceram (não sei como).
MABBIE Gabriele Carvalho Maciel, 7 ano C